“O modelo cubano nem para nós já funciona”, terá dito Fidel Castro e até admite que o disse, mas logo veio alertar que foi mal interpretado, pois queria significar justamente o contrário. Na verdade custa-me a crer que o Senhor tenha tido um momento de clarividência e se teve, está provado, foi mesmo um momento apenas.
Entretanto o mesmo Fidel anuncia que o Governo vai despedir um milhão de funcionários públicos! E metade é já nos próximos seis meses. Se isto não é dizer por outras palavras, as mais claras, que o modelo cubano não funciona, é o quê então?
Mas tudo isto é perigosamente relativo, como é relativo o sucesso do socialismo sueco, posto em xeque pelo feito dos Democratas (o partido de extrema direita sueco), que conseguiu entrar no Parlamento e eleger 20 deputados. Estamos a falar do partido que terá manifestado intenção de acabar com a forte imigração (mais de 100.000 pessoas ao ano) no país...
O conceito de imigração parece-me obsoleto... Somos todos cidadãos do mundo desde que capazes de respeitar o próximo. Quem vier por bem (leia-se disposto a aceitar as regras de cidadania) deve ser bem recebido. Caso contrário, percebo muito bem que deva ser sancionado, da mesma forma que os nativos... E que eu saiba não exportamos nativos quando eles se portam mal?
Convém é não pegar no assunto da forma trôpega como o está a fazer Sarkozy, arriscando-se a ser ele o sancionado, tal é a sua falta de tacto...
E estamos ou não estamos com problemas de natalidade na Europa? Não seria melhor pensar a sério numa política inclusiva para estes imigrantes em prole do equilíbrio demográfico? O desafio é converter os fora-da-lei em gente de bem? Esse dá muito mais trabalho, pelo que toca a contornar o problema e contornar o problema é o mesmo que ampliá-lo.
E antes que avancem os extremismos, convinha também repensar a educação política e a forma como se ensina História nas escolas.
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