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viernes, 8 de mayo de 2015

Azul e verde

- Não conheço os países nórdicos (é declaradamente um projeto), porém não posso deixar de ficar fascinada pelo que dos nórdicos se sabe: a riqueza que geram e como a administram, o respeito que parecem prestar à Natureza, a estética que conquista meio mundo (sim, IKEA e H&M também), ...
- Nunca votei em Cavaco Silva, mas reconheço que a ele (certamente através de um assessor mais arejado) muito se deve o impulso dado ao assunto Mar: colocou-o na agenda e nos discursos desde que chegou a Belém, percebendo a tendência e a oportunidade.
Desde aí não há órgão de comunicação que não faça "especiais" sobre a economia ligada ao mar e gente motivada para o pôr a render.


Por tudo isto tenho acompanhado com interesse a visita presidencial à Noruega, país que deve ao mar 45% do seu PIB!
Acresce que ser o terceiro maior exportador de hidrocarbonetos não impediu a Noruega de dar cartas também no campo das renováveis!
A Noruega tem também políticos que dizem colocar a ciência no topo das prioridades, porque sem ela a Natureza rende menos.

Se um norueguês olhar para o mapa de Portugal e reparar no enorme vizinho que temos a Oeste e a Sul deve ter vontade de rir quando escuta portugueses a dizer que Portugal é pobrezinho por falta de recursos naturais!
Ao que parece estamos a mudar: a economia verde já fatura e a azul também está bem encaminhada!

Eu acredito que é justamente o mar que nos poderá impedir de naufragar.
Eu mudava as cores da bandeira portuguesa!
Eu mudava as cores da bandeira portuguesa!


jueves, 25 de octubre de 2012

Paixão, País, Amor

Os substantivos deste título deveriam estar no plural...
No início era Amesterdão, era a Holanda.
Talvez por culpa do Van Basten e do Adam Curry, talvez por gostar da cor laranja, talvez porque os holandeses foram os primeiros estrangeiros de que me apercebi, talvez por culpa dos amigos holandeses que via nas fotos de férias da minha madrinha. Certamente também pela associação à água e às flores, às tulipas de quase todas as cores. Não era ainda por escutar o belga Brell sobre o brinde dos marinheiros, no porto de Amesterdão, aos sonhos e à saúde das prostitutas da cidade velha, nem pelas imagens das estreitas casinhas de encantar, nas margens, e das flutuantes, nos canais de Amesterdão, numa cidade que é mais curvilínea do que angulosa e que me perdoe o Marquês (a quem agradeço a geometria de Lisboa), mas sabe-me tão bem a sinuosidade medieval de cidades como o Porto e Amesterdão. (A natureza privou Lisboa de quase tudo o que era medieval e se era para reconstruir, claro que não fazia sentido recorrer, no século XVIII, à lógica do passado).
Enfim, era a Amesterdão que queria ir, era a Holanda que queria visitar se me fosse dado a escolher. Não foi e a Holanda surgiu no meu caminho bem mais tarde, por alturas da minha espécie de Erasmus em Antuérpia. Uma ida fugaz de um dia, que confirmou tudo o que eu sabia, tudo o que eu suspeitava sobre a Holanda e sobre os holandeses, com bonificações. Amesterdão não deve andar muito longe da cidade perfeita para se viver, pelo temperamento, por um lado, alegre e contagiante, de flores, bicicletas (já disse que ver gente a andar de bicicletas nas cidades me deixa feliz), animação e criatividade, por outro, suave, à força da chuva assídua e da água que por todo o lado nos ordena sensatez, respeito e tranquilidade. Quando uma cidade não precisa de sol para brilhar, é porque nos apaixonámos por ela. E eu apaixonei-me mesmo antes de a conhecer...
Voltei a Amesterdão mais duas vezes. 
A primeira, assumidamente para a conhecer, passear de bicicleta, comprar queijos gigantes e roupa vintage nas feiras, confirmar a magia (alguns diriam loucura) das pinceladas de Van Gogh e o fulgor da arte no auge da Flandres, reviver o Diário de Anne Frank in loco, bisbilhotar por entre as cortinas mal corridas das casas-barco, despertar com o sino da igreja por detrás do hostal que me serviu de casa, no Red Ligh District, jantar às seis da tarde, beber cerveja em copos acabados de mergulhar numa bacia de água com higiene duvidosa, sentir-me ligeiramente holandesa, como se sentem os estrangeiros que os holandeses historicamente sempre gostaram de acolher, na cidade mais cosmopolita de toda a Holanda.
A segunda, a trabalho, mas com um fim de tarde livre para voltar aos "locais do crime", aqueles que mais me pedia a memória.
Os substantivos deste título não estão no plural, porque das outras paixões, países, dos outros amores escreverei noutros "capítulos"...
Em matéria de Amor, a regra é: um de cada vez ;)