tag:blogger.com,1999:blog-61044173648125132122024-02-06T22:28:42.758-08:00No PaleioSuoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.comBlogger403125tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-88917804809406329492023-06-01T08:59:00.003-07:002023-06-02T06:25:22.378-07:00Criança, a minha!<p><span face="Arial, Helvetica, sans-serif" style="background-color: white; color: #222222; font-size: small;">Estou em dívida contigo... tantos adultos já escreveram à criança que foram e eu nunca te liguei nenhuma! Tu também te ignoras, bem sei... Pensas que pensar demasiado te está a envelhecer mais depressa a alma e por isso não te sentes lá muito infantil!</span></p><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Comecemos pelas más notícias: não vais casar com o Pedro dos caracóis. Na verdade, só o verás mais uma vez e fingirás que não o vês, sem caracóis e cheio de borbulhas! </div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Vais apaixonar-te outras vezes, mas parecerão todas mentira quando perceberes o que é amar de verdade! E tu não amarás facilmente porque sabes que a liberdade é sempre o mais urgente!<br /><br /></div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Também não serás bailarina... Tens a dança no corpo e uma mente felina, mas falta-te a disciplina! Não te ficarás pelo ballet. Vais aprender flamenco, tango, danças ciganas até!</div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Experimentar será o verbo que mais gostarás de conjugar!</div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Aprenderás pintura, fotografia, cinema, teatro e nem assim o teu espírito ficará farto!</div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Vais continuar a escrever e é mesmo disso que vais viver!</div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Não te preocupará a carreira, interessar-te-á mais que a tua aposta seja a cada momento certeira!</div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><br /></div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Saberás, no entanto, muito bem o te faz feliz! Lutarás teimosamente por isso, sem te importares demasiado com o que o resto do mundo te diz! Sim, continuarás a ser ligeiramente arrogante, sarcástica, por vezes inconstante! </div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Mas és corajosa com as coisas que importam e com algumas que não importam tanto assim... </div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Vais baloiçar entre dois montes na Serra da Estrela, presa na tirolesa,... vais apreciar a vista e perceber que o medo passa de forma imprevista! </div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Vais dormir no banco de trás de um camião, grata ao camionista que aceitou dar-te boleia, numa manhã coimbrã, com álcool da Queima ainda a passear pela tua veia! </div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Vais dormir, debaixo das estrelas (das verdadeiras!), numa praia de pedras duras e escuras, em Cannes!</div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Vais dormir do lado de fora de uma estação de comboios na Sicília, do lado de fora de um aeroporto de Roma, num campo de um agricultor grego que te vai acordar de espingarda na mão e a falar alemão... e vai correr bem!</div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Terás sempre vontade de mais mundo, de mais gente, de gente diferente. Já é isso que te move, ainda que não o saibas, no fundo!</div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><br />Já suspeitas da sorte que tens com os pais que te saíram na rifa! São a tua lotaria! Nunca te vão falhar! A tua família mais próxima e os amigos que adotarás como família não te irão falhar!</div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><br /></div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Gerarás outro ser e sei que não acreditas que isso te vai acontecer! Nem imaginas ainda o quanto isso te vai amolecer. Só isso é que te fará mesmo crescer!<br /></div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><br /></div><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Só posso falar do teu futuro porque do meu não me atrevo... Nada disto é segredo e o resto é sempre mais forte do que o medo!</div>Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-35114181467129217262017-09-29T03:13:00.000-07:002017-10-18T02:56:17.400-07:00Três conselhos para o concelhoEu tentei, juro que tentei (sim, sou eu a quinta das 4 Non Blondes, a renegada)!<br />
<div>
Mas não consigo escolher um candidato para a Câmara de Lisboa.</div>
<div>
<br />
Estive a ponto de ceder aos argumentos do João Ferreira, mas ele não me parece disposto a trocar de partido e eu não estou disposta a votar num partido tão "compreensivo" com os devaneios de líderes do passado, como Hugo Chávez, e do presente, como Kim Jong (Quim João). </div>
<div>
Eu tentei, Oh Meu Deus, como tentei!</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Os lindos olhos do Ricardo Robles também não chegaram para me convencer. Suspeito que uma conversa entre nós não sobreviveria ao tempo da partilha de uma garrafa de tinto! E isso é um indicador respeitável!</div>
<div>
Eu tentei, Oh Meu Deus, como tentei!</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Admito, com alguma vergonha, que a Assunção Cristas era a minha ministra preferida do anterior Governo, mas escutá-la agora provoca-me náuseas! Em minha defesa, alego que a Ana Paula Vitorino é a minha atual ministra preferida. Logo, a culpa deve ser da pasta do Mar! </div>
<div>
Neste caso, já não tentei, o que vale também para os restantes candidatos!</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Mas é inevitável que um deles arrebata o troféu, pelo que quero livrar a minha consciência de culpa e deixar aqui três conselhos a aplicar no concelho!!!!!!!</div>
<div>
<br />
Coisas simples como:</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Fim das varandas tapadas nas fachadas voltadas para a rua!!!!!!!!!!!! Já, por favor? É só proibir que se tapem varandas e começar a multar!! Os cofres da CML agradecem!</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Fim dos cabos de eletricidade/telecomunicações// whatever pendurados nas fachadas dos prédios! Até as toupeiras conseguem fazer túneis... Já, por favor? É só proibir e começar a multar!! Os cofres da CML agradecem!</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Fim das calçadas de calcário e basalto irregulares ou polidas! Os idosos, que costumam optar pelo alcatrão, agradecem! As/os adeptos de saltos altos agradecem! Os carrinhos de bebés, as cadeiras de rodas e os troleys dos turistas também agradecem! Andar a pé é inevitável para o lisboeta (a culpa é do Homo Erectus, não é do Homo Alfacinha)! Escorregar na nem sempre bela calçada é igualmente inevitável!<br />
<br />
Desta vez é só isso, que não vos quero sobrecarregar de trabalho!</div>
<div>
P.S.: Vou votar à mesma, provavelmente em branco, apesar de ter sido expulsa da minha freguesia (já não bastava o trauma das 4 Non Blondes) e ter sido transferida para as estatísticas de São Vicente (de quem não sou devota)!</div>
Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-68948239577223760382016-10-13T04:36:00.001-07:002016-10-13T05:54:15.191-07:00Be mine, Valentino!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib6U4lpGzpcYXdHw9VSYS3yrt5FyQxMpiwxqpxG4Qq-d-jx2RE-VMC3Te5IqhnGX3K9ihD2FbWRnet1suAO1ZbfDQ4HFQcaQD7maT7AV2D64lpR6gFBndft_pUXu6iG0WwyCwVeUEkqLg/s1600/Valentino-and-garnier-opera-house-paris-the-grand-staircase-by-Louis-Beroud.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="292" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib6U4lpGzpcYXdHw9VSYS3yrt5FyQxMpiwxqpxG4Qq-d-jx2RE-VMC3Te5IqhnGX3K9ihD2FbWRnet1suAO1ZbfDQ4HFQcaQD7maT7AV2D64lpR6gFBndft_pUXu6iG0WwyCwVeUEkqLg/s320/Valentino-and-garnier-opera-house-paris-the-grand-staircase-by-Louis-Beroud.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.valentino.com/pt">Valentino</a> seria a marca de alta costura onde eu torraria os meus milhões. As últimas coleções são obras de arte: o Nobel do bom gosto!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJlUelfeJWoWhs7yWF2neG3C7IxcirRBrciOd3p5vGze0SHSEjZOkNB5EsuM5fyC_kwh4fv9BId2PVABkVDxrFsV8KmkVv2Lw1WioHLc84FmD-ekfipripsFFKAjTBRIjXNc8yJiAVvSI/s1600/Valentino-and-The-Virgin-And-Child-The-Madonna-Of-The-Rose-by-Giovanni-Antonio-Boltraffio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJlUelfeJWoWhs7yWF2neG3C7IxcirRBrciOd3p5vGze0SHSEjZOkNB5EsuM5fyC_kwh4fv9BId2PVABkVDxrFsV8KmkVv2Lw1WioHLc84FmD-ekfipripsFFKAjTBRIjXNc8yJiAVvSI/s320/Valentino-and-The-Virgin-And-Child-The-Madonna-Of-The-Rose-by-Giovanni-Antonio-Boltraffio.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
A <a href="http://www.missmoss.co.za/2016/10/12/valentino-ready-to-paint/">Miss Moss</a> traduz isso muito bem nestes casamentos do mestre Pierpaolo Piccioli com os renascentistas, sobretudo, mas também com outros pintores</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAs-wB1_M3O3sdIOjUbVk89S1u4GDRwaImIItW4n3yKRojI9di_vYSJ81yv6jPbTCs-UqHtQhiOLfw3bSaFaN-3qZ6Ygtx3_L5IOIq_8WJ83y7iXaKIuOBWrtj_jViBMiJXxjdfqsmIl4/s1600/Valentino-and-Leda-by-Leonardo-da-Vinci.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAs-wB1_M3O3sdIOjUbVk89S1u4GDRwaImIItW4n3yKRojI9di_vYSJ81yv6jPbTCs-UqHtQhiOLfw3bSaFaN-3qZ6Ygtx3_L5IOIq_8WJ83y7iXaKIuOBWrtj_jViBMiJXxjdfqsmIl4/s320/Valentino-and-Leda-by-Leonardo-da-Vinci.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<a href="http://www.missmoss.co.za/2016/10/12/valentino-ready-to-paint/"></a><br />Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-2652392708695078132016-10-13T02:56:00.001-07:002016-10-13T03:02:04.920-07:00"Num beijo apertado de barco contra o cais"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Eu gosto de talent shows e nunca tinha dado a devida atenção às letras do Pedro Abrunhosa até assistir à interpretação que se segue e que está incluída na minha playlist no You Tube. Sublimes, os dois cantores!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
(sem contar com o facto de ele parecer um retrato de Egon Schiele)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/iv21GYcDsQQ/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/iv21GYcDsQQ?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<paper-header-panel at-top="" class="x-scope paper-header-panel-0" id="content-container" mode="waterfall"><strong>Eu não sei quem te perdeu</strong><br />
Pedro Abrunhosa</paper-header-panel><br />
<paper-header-panel at-top="" class="x-scope paper-header-panel-0" mode="waterfall"><br />
</paper-header-panel><br />
<div class="style-scope paper-header-panel" id="mainPanel">
<div class="flex style-scope paper-header-panel" id="mainContainer">
<div id="main-content-container">
<div class="content-container lyrics">
<div class="title">
<br /></div>
Quando veio, mostrou-me as mãos vazias<br />
As mãos como os meus dias<br />
Tão leves e banais<br />
E pediu-me que lhe levasse o medo<br />
Eu disse-lhe um segredo<br />
Não partas nunca mais<br />
E dançou<br />
Rodou no chão molhado<br />
Num beijo apertado<br />
De barco contra o cais<br />
E uma asa voa<br />
A cada beijo teu<br />
Esta noite<br />
Sou dono do céu<br />
E eu não sei quem te perdeu<br />
Abraçou-me<br />
Como se abraça o tempo<br />
A vida num momento<br />
Em gestos nunca iguais<br />
E parou<br />
Cantou contra o meu peito<br />
Num beijo imperfeito<br />
Roubado nos umbrais<br />
E partiu<br />
Sem me dizer o nome<br />
Levando-me o perfume<br />
De tantas noites mais<br />
E uma asa voa<br />
A cada beijo teu<br />
Esta noite<br />
Sou dono do céu<br />
E eu não sei quem te perdeu<br />
E uma asa voa<br />
A cada beijo teu<br />
Esta noite<br />
Sou dono do céu<br />
E eu não sei quem te perdeu<br />
E eu não sei quem te perdeu<br />
<div class="attribution-container">
<br /></div>
</div>
<div class="attribution-container">
<br /></div>
</div>
<div class="attribution-container">
<div class="content-container lyrics">
</div>
</div>
</div>
<div class="attribution-container">
<div class="content-container lyrics">
<div id="main-content-container">
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="attribution-container">
<div class="content-container lyrics">
<div id="main-content-container">
<div class="flex style-scope paper-header-panel" id="mainContainer">
</div>
</div>
</div>
</div>
<br />
<div class="attribution-container">
<br /></div>
<div class="content-container lyrics">
</div>
<div id="main-content-container">
</div>
<div class="flex style-scope paper-header-panel" id="mainContainer">
</div>
<div class="style-scope paper-header-panel" id="mainPanel">
</div>
<br />
<br />
<div class="gb_6a">
</div>
<iframe aria-hidden="true" src="https://clients5.google.com/pagead/drt/dn/" style="display: none;"></iframe><br />
<br />
<iron-a11y-announcer> <br /><br />
</iron-a11y-announcer><br />
<div aria-live="polite" class="style-scope iron-a11y-announcer">
</div>
<audio class="offscreen"></audio><br />Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-8577305877086998892016-07-13T09:26:00.000-07:002016-07-13T09:27:51.545-07:00PORTUGAL<span style="font-family: "calibri";"><span style="font-size: large;">Há três imagens que se irão fossilizar no coração de quem por Portugal viveu a final do Europeu de Futebol de 2016: a dor de Ronaldo, sentado, indiferente à traça que lhe pousava no rosto, por lhe terem roubado a oportunidade de continuar a lutar; o consolo inesperado do pequeno adepto de Portugal ao choroso adepto rival e o camião a transbordar de timorenses e de bandeiras portuguesas, em festejos nas ruas de Dili.</span> </span>Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-53581561918809799112016-02-29T07:19:00.001-08:002017-03-15T07:56:11.117-07:00À sombra do "Spotlight"<div>
Tendo em conta que o único filme nomeado para melhor filme nos Óscares 2016 que eu vi foi o "Spotlight", pouco posso dizer da justiça ou injustiça da escolha da Academia.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
O que eu posso dizer é que o filme tem um elevado poder de moralização (a Academia não resiste a colar-se a esse poder): não estou a referir-me ao crime que a igreja católica cometeu ao autorizar a impunidade e a persistência da prática de crimes sexuais (a esse respeito, o filme limita-se ao que já se sabia), mas sim ao mérito da investigação no jornalismo. Essa é a tecla em que vale a pena insistir. <br />
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
Eu gostava de saber quantos editores, chefes de redação, diretores de órgãos de informação coraram de vergonha ao verem o filme?<br />
<br />
<br />
A denúncia óbvia do filme é menos importante do que o que ele denuncia indiretamente: a falta que fazem "Rezendes" nas redações.</div>
<div>
</div>
<div>
E um filme que obriga a classe jornalística e a igreja a olhar-se ao espelho desta forma é capaz de merecer um óscar, mesmo sem ser um grande filme.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-31917079020081567792016-01-15T03:49:00.001-08:002016-01-15T04:10:16.217-08:00Presentes do passado<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">A </span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">memória é truculenta: retém o que interessa e o que não
interessa, mas também é capaz de deixar escapar coisas que gostaríamos de
perpetuar.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="border-image: none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando vejo uma exposição, assalta-me sempre alguma angústia
que antecipa os detalhes que irei esquecer, contrariada. E se o filtro que baliza
a memória me deixa lembrar que é sempre da esquerda que a luz espreita em todos
os quadros de cenas domésticas de Vermeer que vi; do sobressalto que senti
quando finalmente se agigantou o “David” do Miguel Ângelo, depois de uma
obediente espera; da comoção inesperada que as esculturas de Rodin me causaram
(foi o último museu que visitei em Paris e é dele que melhor me lembro); da
sucessão de tapetes dos corredores do Vaticano, que vi a correr (literalmente)
para conseguir chegar a tempo de babar a olhar para o teto da Sistina; que a
impressão maior dos impressionistas é a intranquilidade latente de tudo o
que posa para o pintor… mas esse filtro também me priva do muito que queria
guardar. </span></div>
</div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="border-image: none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Socorro-me com a escrita, domadora dos caprichos da memória.</span></div>
</div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAyx5LEeepZqvy2dkFsU9hY-qqJ0N7anMryLCk2q8erto_sCo5Y29YJo_Rrxi0e2ODqLKss6lUxe_RzBHAmy7BTw4cXXLR3FeNznZAhNWCxx_iSHU0vVZZD9i4ZX398wAsf_m-MEyb43I/s1600/Greco+Mnaa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAyx5LEeepZqvy2dkFsU9hY-qqJ0N7anMryLCk2q8erto_sCo5Y29YJo_Rrxi0e2ODqLKss6lUxe_RzBHAmy7BTw4cXXLR3FeNznZAhNWCxx_iSHU0vVZZD9i4ZX398wAsf_m-MEyb43I/s320/Greco+Mnaa.jpg" width="213" /></a></div>
<div style="border-image: none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Assim, depois de visitar n<span style="color: black; line-height: 115%;">o MNAA a “Colección Masaveu. Grandes Mestres da
Pintura Espanhola Greco, Zurbarán, Goya, Sorolla”, registo:</span></span></div>
</div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="border-image: none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">José de Ribera atreveu-se a olhar para a vida como ela era:
pintou o “Bêbedo” quando a maioria dos seus contemporâneos retratava santos de
olhar suplicante em direção ao céu.</span></div>
</div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="border-image: none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Os olhos de Cristo parecem cortados com espadas em “Jesus é
despojado das suas vestes” de El Greco.</span></div>
</div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="border-image: none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Que o melhor do Barroco está nos desenhos irrepreensíveis
dos têxteis faustosos como o que cobre “Santa Catarina” de Zurbarán.</span></div>
</div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="border-image: none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Que o meu avô iria apreciar as cenas pastoris de Pedro de
Orrente.</span></div>
</div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div style="border-image: none;">
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Já eu fiquei particularmente encantada com as velas furiosas
em contracena com a luz do Levante, nas marítimas de Sorolla, e com o
protagonismo da música e da dança nas telas de Romero Torres.</span> </span></div>
</div>
Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-79428655477899003402015-11-17T05:10:00.001-08:002015-11-17T05:10:23.428-08:00A propósito do mundo, em geral, ou de mim, em particular<div>
A morte é coisa certa, como é certo que daqui a 100 anos serei incapaz de reler o que escrevi...</div>
<div>
Se esticar o pensamento até duvido se quero escrever por mais alguma coisa que não seja um salário, porque o meu contributo para o devir convoca a nulidade, mas não quero relativizar tanto, nem pensar tanto...</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Porém, contrariando toda a razão que nos devolve ao nosso "nanotamanho", debatem-se escolhas, apontam-se dedos às sensibilidades!</div>
<div>
Como se não soubéssemos todos, mesmo os hipócritas, que todos escolhemos!</div>
<div>
Como se não soubéssemos todos que a escolha é por definição uma exclusão!</div>
<div>
Como se, em consciência, preferíssemos o desconsolo de nada escolher...</div>
<div>
<br /></div>
<div>
</div>
<div>
<br /></div>
Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-15688556539234073392015-10-20T02:58:00.000-07:002015-10-20T03:21:18.217-07:00Histórias aos quadradinhos - capítulo V<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Se eu fosse cega e tivesse que escolher uma cor pela
sonoridade seria a azul a eleita. Junta só a minha vogal e a minha consoante
preferida: o <strong>u</strong> e o<strong> l</strong>. <br />
Não devemos ignorar os argumentos da sonoridade nisto de angariar simpatias com
as palavras. Não é à toa que William Hurt (a voz masculina mais sedutora de que
me consigo lembrar) foi o escolhido para interpretar a personagem que conquista
a cega de “Filhos de um Deus Menor” e não é à toa que alguém dos Madredeus informava
há alguns anos que procuravam os sons doces e sibilantes quando escreviam as
letras das músicas: os mm e os aa, exemplificavam. </span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Já os mestres da azulejaria portuguesa terão escolhido a
cor azul para a maioria dos seus trabalhos por outras razões: <span style="color: #545454;">o corante óxido de
cobalto encontrava-se mais facilmente.</span></span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="color: #545454;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Por coincidência leio a justificação para as <span style="color: #222222;">grossas <span style="color: #545454;">pinceladas </span>de azul, </span>que ameaçam esconder </span></span><span style="color: #222222; font-family: "Helvetica","sans-serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Helena Almeida nas suas "pinturas habitadas" (agora expostas em Serralves e que julgo ter visto no CCB). “Uso o azul porque é uma cor
espacial. Tem de ser azul (…). É mesmo o espaço, é engolir a pintura”, terá
justificado Helena aos curadores da exposição de Serralves.</span></span><br />
<span style="color: #222222; font-family: "Helvetica","sans-serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
Espacial, acessível, de sonoridade sedutora, azul é a cor que conta, por
ventura, mais histórias da arte portuguesa. A comprovar no Museu do Azulejo, em
todo Portugal e em todo o mundo em que os portugueses pousaram quadradinhos.</span></span><br />
<span style="color: #222222; font-family: Arial;"><br /></span><br />
<span style="color: #222222; font-family: Arial;">(lamento, mas não estou a conseguir subir as fotos dos azulejos que se impunham nesta história: to be continued...)</span></div>
<span id="goog_20747496"></span><span id="goog_20747497"></span><br />Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-8569882130007251382015-09-22T06:28:00.002-07:002015-09-22T06:28:36.278-07:00A cela depois do naufrágio. A morte em vida depois da cela.<em>Como se estivesse morto: </em><br />
<em>( testemunho de Abdullah Kurdi, pai de Aylan Kurdi )<br />“Deixámos Damasco pouco depois do início da guerra na Síria. Vivíamos no bairro curdo de Rukn al-Din e eu trabalhava como barbeiro. </em><br />
<em>A situação na cidade tornou-se cada vez mais perigosa. Decidimos partir para Kobane onde a minha mulher e eu trabalhávamos na agricultura. Tentei a minha sorte em Istambul numa fábrica têxtil. Doze horas por dia eram passadas na fábrica e à noite dormia numa cave que o dono da fábrica fechava do lado de fora. O salário enviava-o para Kobane para a minha a família. Foi assim durante três anos até o Estado Islâmico ter tomado Kobane em 2014. Com Rehan, a minha mulher, Galib e Aylan, os meus filhos, e milhares de outros habitantes fugimos. Pela primeira vez a minha mulher disse: “temos de abandonar a Síria”, antes recusara sempre.</em><br />
<em>Viemos para Istambul onde procurei um trabalho na construção civil. Carregava 200 sacos de cimento escadas acima, onze horas por dia. O nosso quarto custava 400 liras turcas por mês. Durante 5 meses a minha irmã, que vive há 25 anos no Canadá, pagou-nos a renda. Pedimos asilo ao Canadá, mas este foi-nos recusado, escolhemos então ir para a Alemanha onde o meu irmão vive, em Heidelberg, num centro de refugiados. Tentamos ir por terra, mas a polícia turca deteve-nos na fronteira com a Bulgária. A única opção que nos estava era o mar. A minha irmã deu-me os 4 mil euros que entreguei aos traficantes turcos e sírios. No nosso barco a motor iam 13 pessoas e parecia ser seguro. O capitão disse: “a viagem dura apenas dez minutos”. Podíamos ver Kos. A água estava calma, mas poucos minutos depois tudo se alterou. Veio uma onda e virou o barco, era de noite e não via a minha mulher e os meus filhos. Mas ouvi a minha mulher, as suas últimas palavras foram: “Abu Galib, pai de Galib, cuida das crianças”. Não as consegui segurar. Agarrei-me ao barco. Um dos que iam comigo conseguiu alcançar a costa e chamou a polícia. Passei a noite numa cela e no dia seguinte pediram-me para identificar a minha família. A minha amada mulher Rehan, Aylan, o menino que sorria sempre, e Galib que nunca parava quieto. </em><br />
<em>Enterrei a minha família em Kobane e vivo na casa destruída do meu sogro. Não há infra-estrutura, há pó por todo o lado, os corpos dos mortos continuam debaixo das ruínas. O cheiro é insuportável e os insectos picam-nos à noite. Não há medicamentos, não há leite para as crianças, não há quase água.</em><br />
<em>Nunca mais deixarei Kobane, quero estar perto da minha família, mesmo que a única coisa que tenha deles seja roupa.</em><br />
<em>É como estar morto em vida”.</em><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Os instantes em que pensamos que pode ser o fim têm a natureza de um garrote que se aperta desgarrado. Pudemos sobreviver-lhes. Percebemos melhor a angústia alheia.Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-13806588563271084542015-09-07T07:51:00.000-07:002015-09-07T07:55:02.388-07:00O sangue sírio que carregamos<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">A História que me contaram era, sem cerimónias, maniqueísta
e nada laica: os romanos (subentenda-se cristãos) eram, grosso modo, os bons e
os muçulmanos, sarracenos (subentenda-se islamistas) eram os maus!</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Isto, apesar de a ocupação muçulmana na Península Ibérica
ter permitido/ convivido com a continuação de práticas cristãs, ao contrário
do que sucedeu mais tarde, quando se expulsaram os mouros do mesmo território!</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">A única forma eficiente de combater os efeitos nefastos da
religião (qualquer uma) é a educação! </span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Não falo dessa educação que recebi já após o 25 de Abril, que dividia os
povos entre bons e maus! Recordo-me de uma certa professora (que não enxergava
mais além) conceder que “apesar de tudo”, a presença mourisca deixou coisas
boas, ao nível da matemática, da estética, …, mas a mensagem a bold era a de
que se tratavam de povos invasores, com práticas diferentes, logo (e muitas
vezes só por isso) indesejáveis.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Espero que não seja esta a versão que agora se escuta nas
salas de aula!</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Os novos “invasores”, aos olhos de muitos, parecem ser os
refugiados sírios! Que ora sacodem o pó da caridade europeia, ora agitam a
nacional estupidez (que fala todas as línguas), muito fecunda sempre que se constata que o mal dos outros derruba
todas as fronteiras. </span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Queremos sempre histórias que apontem o dedo aos bons e
aos maus, queremos isolá-los, classificá-los, circunscrevê-los a uma nacionalidade
e a uma geografia. Mas entender o mundo obriga a um exercício
diferente, mais descomprometido, menos romântico, mais verdadeiro.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Agora pelos sírios... Por tantos outros... Por nós.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Os mesmos sírios que descendem, por ventura, dos marinheiros
e comerciantes fenícios, que em tempos andaram por cá. Acreditando que não se
limitaram apenas a fazer comércio, é provável que tenhamos sangue sírio
nas veias… Seguramente que o temos a pesar na consciência.</span></div>
Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-21646261441034684062015-05-19T03:32:00.000-07:002015-05-19T03:43:46.530-07:00Imunidade jornalísticaNo âmbito da justiça, a possibilidade da existência de imunidade é por si só injusta...<br />
Ela existe para os políticos! Aberração!<br />
Ela existe de forma bem mais perigosa (mais dissimulada) para os jornalistas!<br />
<br />
<br />
Resumindo: um polícia excedeu-se e irá pagar por isso! Acredito sinceramente que vai pagar por isso!<br />
Um adepto poderá ter sido incorreto (provavelmente nunca saberemos), mas já temos a certeza de que não vai responder por isso! Caía o Carmo e a Trindade dos "justiceiros de trazer por casa"!<br />
Um canal de TV explorou a dor e o medo de uma criança (cujo rosto não foi bem protegido) e nunca, mas nunca pagará por isso! E não conheço ninguém de direito que manifeste qualquer tipo de preocupação com esse tema! Bem pelo contrário, li até coisas como: o câmara da CM TV foi inteligente ao filmar a criança! <br />
Já eu, só posso classificar o editor que autorizou a divulgação dessas imagens, sem proteger a criança (que é facilmente reconhecida), de cretino!<br />
É nesta altura que só me valem os palavrões! <br />
<br />
Nem vou falar da atitude oportunista do presidente do Benfica ao convidar a criança para erguer a taça!Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-56799037110290517332015-05-11T08:39:00.000-07:002015-05-11T08:54:53.795-07:00Sem vir à tonaA mesma dose de opressão e de serenidade que nos oferece a água quando estamos totalmente imersos. Sentimos qualquer coisa assim com a morte dos que queremos: oprimidos e serenos com a certeza de nada podermos fazer.<br />
<br />
<br />
<a href="https://youtu.be/npg8_sHQmbc">Still the water</a> atreve-se a abordar o que possivelmente mais tememos: dizer adeus aos que mais gostamos. Totalmente incómodo, mas absolutamente belo.<br />
<br />
<br />
Antes de o realizar, Naomi Kawase perdeu a mãe adoptiva. <br />
<br /><br />
Vi este filme há duas semanas e foi nele que pensei quando li este poema, num dos meus blogues preferidos: <a href="http://hsacaduracabral.blogspot.pt/2015/05/ao-sergio.html">O Fio de Prumo</a><br />
<br /><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong><em>Mãe</em></strong></span><br />
<div style="background-color: white; border-image: none; border: 0px currentColor; line-height: 24px; padding: 10px 7px; text-align: left; vertical-align: top; visibility: visible;">
<i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fui vê-la.<br />Sorriu.</span></i></div>
<div style="background-color: white; border-image: none; border: 0px currentColor; line-height: 24px; padding: 10px 7px; text-align: left; vertical-align: top; visibility: visible;">
<i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O seu olhar<br />distinguia melhor<br />o invisível de mim.</span></i></div>
<div style="background-color: white; border-image: none; border: 0px currentColor; line-height: 24px; padding: 10px 7px; text-align: left; vertical-align: top; visibility: visible;">
<i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Peguei-lhe na mão,<br />voltou a sorrir.</span></i></div>
<div style="background-color: white; border-image: none; border: 0px currentColor; line-height: 24px; padding: 10px 7px; text-align: left; vertical-align: top; visibility: visible;">
<i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A ela disse<br />o meu nome,<br />a idade<br />e apertei-lhe<br />de novo<br />as duas mãos.</span></i></div>
<div style="background-color: white; border-image: none; border: 0px currentColor; line-height: 24px; padding: 10px 7px; text-align: left; vertical-align: top; visibility: visible;">
<i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com os olhos vagos<br />sem me ver<br />cantou baixinho<br />uma canção</span></i></div>
<div style="background-color: white; border-image: none; border: 0px currentColor; line-height: 24px; padding: 10px 7px; text-align: left; vertical-align: top; visibility: visible;">
<i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">e esperei.</span></i></div>
<div style="background-color: white; border-image: none; border: 0px currentColor; line-height: 24px; padding: 10px 7px; text-align: left; vertical-align: top; visibility: visible;">
<i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esperei<br />que os seus olhos<br />se quisessem cruzar<br />com os meus.</span></i></div>
<div style="background-color: white; border-image: none; border: 0px currentColor; line-height: 24px; padding: 10px 7px; text-align: left; vertical-align: top; visibility: visible;">
<i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O tempo passou<br />e ao passar<br />vi um anjo<br />entrar na sala<br />devagar.</span></i></div>
<div style="background-color: white; border-image: none; border: 0px currentColor; line-height: 24px; padding: 10px 7px; text-align: left; vertical-align: top; visibility: visible;">
<i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As nossas mãos<br />feitas de raízes<br />levaram tempo<br />a despegar.</span></i></div>
<div style="background-color: white; border-image: none; border: 0px currentColor; line-height: 24px; padding: 10px 7px; text-align: left; vertical-align: top; visibility: visible;">
<i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O anjo pousou.</span></i></div>
<div style="background-color: white; border-image: none; border: 0px currentColor; line-height: 24px; padding: 10px 7px; text-align: left; vertical-align: top; visibility: visible;">
<i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sem se apressar,<br />pegou-lhe na mão</span></i></div>
<div style="background-color: white; border-image: none; border: 0px currentColor; line-height: 24px; padding: 10px 7px; text-align: left; vertical-align: top; visibility: visible;">
<i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">para a levar.</span></i></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span> <span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Rita Roquette de Vasconcellos</span></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-63828455356633010982015-05-08T04:17:00.000-07:002015-05-08T04:21:08.348-07:00Azul e verde- Não conheço os países nórdicos (é declaradamente um projeto), porém não posso deixar de ficar fascinada pelo que dos nórdicos se sabe: a riqueza que geram e como a administram, o respeito que parecem prestar à Natureza, a estética que conquista meio mundo (sim, IKEA e H&M também), ...<br />
- Nunca votei em Cavaco Silva, mas reconheço que a ele (certamente através de um assessor mais arejado) muito se deve o impulso dado ao assunto Mar: colocou-o na agenda e nos discursos desde que chegou a Belém, percebendo a tendência e a oportunidade. <br />
Desde aí não há órgão de comunicação que não faça "especiais" sobre a economia ligada ao mar e gente motivada para o pôr a render. <br />
<br />
<br />
Por tudo isto tenho acompanhado com interesse a visita presidencial à Noruega, país que deve ao mar 45% do seu PIB!<br />
Acresce que ser o terceiro maior exportador de hidrocarbonetos não impediu a Noruega de dar cartas também no campo das renováveis!<br />
A Noruega tem também políticos que dizem colocar a ciência no topo das prioridades, porque sem ela a Natureza rende menos.<br />
<br />
Se um norueguês olhar para o mapa de Portugal e reparar no enorme vizinho que temos a Oeste e a Sul deve ter vontade de rir quando escuta portugueses a dizer que Portugal é pobrezinho por falta de recursos naturais!<br />
Ao que parece estamos a mudar: a economia verde já fatura e a azul também está bem encaminhada!<br />
<br />
Eu acredito que é justamente o mar que nos poderá impedir de naufragar.<br />
<span style="color: blue;">Eu mudava as cores da bandeira portuguesa!</span><br />
<span style="color: #6aa84f;">Eu mudava as cores da bandeira portuguesa!</span><br />
<br />
<br />Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-22988297652498926852015-04-09T10:15:00.000-07:002015-04-10T08:36:39.631-07:00Auto "Retrato do Artista quando jovem"*<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Agora
que já me instalei na década de 40 (descansem que não vou citar o Paco Bandeira),
que já estabilizei algumas características e ainda não degenerei por completo
as mais frescas, registo:</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sou
sonhadora e pragmática e as duas caraterísticas convivem pacificamente.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tenho
muito mais ideias (devia ser paga para isso) do que as que concretizo, pelo que
o que poderia ser a minha maior virtude também pode muito bem ser o meu pior
defeito. Mas eu gosto de ambiguidades.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dá-me
mais prazer imaginar a solução do que implementá-la, mas sou muito boa a encontrar
alternativas. O “por outro lado” é a minha especialidade. A preguiça (tão
subvalorizada) também.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pouco
me atrai na perfeição e menos ainda nos perfecionistas. Na maioria dos casos,
empatam mais do que avançam. E avançar é preciso. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sou
desconfiada, mas não sou preconceituosa e atrai-me a diferença, de uma forma geral.
E considero estas características fundamentais para ser feliz.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fui
uma criança tímida, mantenho-me assim, mas agora disfarço melhor. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Já
saí na capa de um jornal galego, mas já não tenho provas disso! A minha mãe
acabou por pô-lo no lixo, pensando que era mais um dos jornais atrasados que eu
acumulava pelos cantos da casa!</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A
primeira vez que pisei um palco ainda não tinha 10 anos e regressei a ele
várias vezes, sempre com uma mistura de nervos e prazer. A entrega (dos outros)
em palco continua a comover-me.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não
é a tristeza que me faz chorar, é a generosidade. O que cada um dá de si é o que
mais me comove, na arte e na vida.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Da primeira vez que pedi boleia, saiu-me um bondoso camionista: fiquei a saber que os camiões (alguns, pelos menos) têm banco traseiro (o banco cama) e experimentei-o! </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Também já
dormi de pé, acompanhada de pessoas e de animais! Os comboios gregos eram muito
inclusivos no fim do século passado.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Já me apontaram uma caçadeira! Nunca desmontei uma tenda tão depressa! Moral da história: não fazer campismo clandestino e aprender a pedir desculpas em grego!<br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Falo cinco línguas, mas por azar nenhuma delas é o grego!</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nasci
em Matosinhos, mas não me sinto muito chegada ao mar, a não ser à mesa…</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sinto
agora mais saudades da paisagem serrana e do ar da Serra da Estrela de que
desfrutei nos sete anos em que vivi na Covilhã, do que sentia nessa altura
saudades do mar e da brisa marítima. Ver da serra nascer o sol na Cova da Beira,
bate todos os pores-do-sol que eu já vi. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na
serra, o professor da única aula de esqui que tive, disse-me que sabia “cair
muito bem”. É verdade: até ao momento, tenho lidado bem com as quedas.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Achava
que tinha medo de alturas até que me vi desafiada a experimentar tirolesa, na
mesma serra: incapaz de avançar, quando era exigida força de braços para galgar
a linha ascendente (a última parte) da concavidade da corda, deixei-me estar ali
pendurada a apreciar o vale entre os dois montes que a mesma unia. Soube-me bem!
</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Foi
num outro vale da mesma serra que conheci O Tal. E ainda é o mesmo.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sou mãe de uma menina. A Natureza, reiteradamente, demoveu-me de aumentar este número. Já percebi.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Gosto
de dias de chuva e suporto muito melhor o “frio de rachar” do que o “calor
abrasador”. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A
minha bebida preferida é a água. Consumo vinho e café, regularmente, espumante
bruto e cerveja, raramente. Não aprecio bebidas brancas nem licorosas (mas vou insistir com o Vinho do Porto!). </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Gosto muito de cozinha portuguesa (e de todas as que provei), mas tenho dúvidas de que seja a melhor do mundo. (Voltarei a este tópico quando estiver reformada)</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O
sabor que menos me atrai é o doce. Prefiro o picante e o ácido. </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não
aprecio o sabor nem o cheiro da baunilha, do anis e da noz-moscada. Gosto muito
de todas as outras especiarias que já experimentei. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Experimentar/conhecer
é, aliás, o que mais gosto de fazer na vida, em quase todos os contextos. Tenho
tempo a menos para o que quero experimentar e talvez por isso substitua
facilmente um interesse por outro: já fiz ioga, ballet, folclore, danças medievais, danças
ciganas, tango e sevilhanas; tive aulas de pintura; fiz um curso de fotografia; aprendi quatro idiomas que não o meu, mas só sou fluente em dois deles; recuperei móveis e coisas usadas (sou uma "respigadora", que vê uso em quase tudo); vendi coisas feitas por mim numa feira medieval (os meus clientes eram quase
todos da família!); subi um rio a pé (e não estou a falar das margens); mergulhei no Atlântico de Inverno; subverti a ideia de montanhismo e fiz da serra um escorrega (involuntariamente); participei ativamente no associativismo (artístico, no caso)...</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Também consigo ser constante: o Jornalismo tem sido a minha maior teimosia. Quis ser jornalista por gostar de escrever e querer conhecer outros lugares, outras coisas... Continuo a querer pelos mesmos motivos e mais um: conhecer as histórias que as pessoas têm para contar! E todas as pessoas têm boas histórias para contar!</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Já fui professora e quero voltar a ser.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<div style="line-height: normal; margin: 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sou
do FCP, por convicção ou qualquer coisa do género, mas antes fui do Sporting, à
força de suborno de um tio que me trouxe umas lindas botinhas de carneira da
África do Sul... Não me lembro exactamente do momento da mudança... O meu tio
não voltou a visitar-me e eu continuo a gostar de botas de carneira! </span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<div style="line-height: normal; margin: 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Gosto
de cabelos com ar de praia e de tranças meio desfeitas... Gosto tão pouco de
rastas quanto de penteados muito estruturados. Excepção: puchinho de bailarina,
mas ao ballet eu autorizo tudo. </span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<div style="line-height: normal; margin: 5pt 36pt 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Acho
que a maioria dos homens fica mal de gravata e bem de barba, o que me torna uma
potencial má nora da maioria das sogras, inclusive da minha.</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<div style="line-height: normal; margin: 5pt 36pt 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Arrependo-me de quase nada, mas lamento não ter partido à descoberta do
mundo, trabalhando onde calhasse para pagar a expedição, quando
terminei o meu curso... Nada está perdido: transferi o objetivo para o período de
reforma e dei à expressão Segurança Social um significado mais inspirador.</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<div style="line-height: normal; margin: 5pt 36pt 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se
só pudesse levar uma coisa para uma ilha deserta, seria um queijo! (Mas talvez
um barco a motor fosse mais útil)</span></div>
<div style="line-height: normal; margin: 5pt 36pt 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none;">
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="line-height: normal; margin: 5pt 36pt 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">*O título é inspirado no Joyce e a escala no Manoel de Oliveira!</span></div>
Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-57725393913361541212015-04-07T09:38:00.003-07:002015-04-07T09:40:39.125-07:00"Dame la mano y danzaremos"<h1 itemprop="headline name">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Dame la mano y danzaremos...*</span></h1>
<div itemprop="headline name">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">«Dame la mano y danzaremos, </span></div>
<div class="col-xs-10" id="article_column">
<div id="article_content">
<div class="row">
<div class="col-xs-14 col-xs-offset-2">
<div itemprop="text">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">dame la mano y me amarás. </span></div>
<div itemprop="text">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Como una sola flor seremos, </span></div>
<div itemprop="text">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">como una flor, y nada más. . .</span></div>
<div itemprop="text">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">El mismo verso cantaremos, </span></div>
<div itemprop="text">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">al mismo paso bailarás. </span></div>
<div itemprop="text">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Como una espiga ondularemos,</span></div>
<div itemprop="text">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">como una espiga, y nada más.</span></div>
<div itemprop="text">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Te llamas Rosa y yo Esperanza, </span></div>
<div itemprop="text">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">pero tu nombre olvidarás, </span></div>
<div itemprop="text">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">porque seremos una danza </span></div>
<div itemprop="text">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">en la colina y nada más...»</span></div>
<div itemprop="text">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div itemprop="text">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">*De Gabriela Mistral, a quem fui ter através do doodle do Google de hoje.</span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-34194882736446926582015-04-01T08:22:00.001-07:002015-04-01T08:27:33.815-07:00O trompeteGostei deles desde a primeira vez que os ouvi, na <a href="http://www.radarlisboa.fm/">Radar</a>. Os <a href="https://youtu.be/SWSz_PAfgNc?list=FLughrei3K6S3vL4235kpjDQ">Beirut</a>, dos EUA, agarraram-me pelo trompete do Zach Condon, que também toca cavaquinho e fala português.<br />
E agora dou-me conta que os meus ouvidos transmitem ao cérebro coisas boas, sempre que descubro o som do trompete numa música... <br />
<br />Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-67081466184727933262015-03-31T03:19:00.001-07:002015-03-31T03:30:15.176-07:00"Rive Gauche"*Fui-te fiel durante anos...<br />
Não voltei a ser fiel assim.<br />
Não me lembro quando te deixei, nem do nome do teu substituto...<br />
Nem mais me lembrei de ti,.. até ontem.<br />
Culpo Bordeaux!<br />
E as Cabernet Sauvignon que perfumam a margem esquerda do Gironde.<br />
<br />
*YSLSuoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-57239279944776196262015-03-12T10:26:00.000-07:002015-03-12T10:26:04.800-07:00O Elogio da Contenção
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Não
foi a Vida, foi a Arte que me mostrou que do que eu mais gosto nos outros é da
Contenção. Percebi esse padrão em quase todas as personagens de Colin Firth, ou
no melhor <span style="color: black;">mordomo inglês de sempre (Anthony Hopkins,
em The Remains of the Day). É raro não me comover com a contenção e perante a
arte autorizo-me mais facilmente a não conter a emoção.</span></span></div>
Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-34960610913093607052015-02-20T06:34:00.003-08:002015-02-20T06:37:53.261-08:00Quanta poesia abriga um guarda-chuva... porque a <a href="http://youtu.be/B2M-brOw2oI">Hermés</a> me fez voltar <a href="http://youtu.be/m6LlAV9N8rQ?list=PL6O9O_BoNeTEcPh-yW8ps2fAKC7mmm2yp">aqui</a>!<br />
<a href="http://nopaleio.blogspot.pt/2015/01/um-conselho-grego.html">E eu gosto de voltar aos lugares onde fui feliz! </a>Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-17449878899174864362015-02-10T03:41:00.002-08:002015-02-10T03:44:43.983-08:00Requiem pela ParnasoAs distinções atribuídas em Lausanne a dois estudantes da Escola de Dança do Conservatório Nacional de Lisboa guiaram-me até uma informação menos feliz...<br />
A minha escola de ballet, a Parnaso, já não existe.<br />
Vai resistir na memória dos alunos que a frequentaram: as aulas teatralmente austeras, mas quase sempre bem humoradas do César, que de vez em quando despia a personagem, distração fatal perante uma turma de potenciais indisciplinados!<br />
Deve ter sido nas aulas do César que vi pela primeira vez um piano a três dimensões. Era o som do piano que, por vezes, nos ditava o ritmo do "plié", do "frappé", do "battement", do "jeté", do "adagio"... Outras vezes, quando faltava o pianista, era mesmo a toque de cassete que dançavamos!<br />
Também foi na Parnaso que tive as primeiras aulas de música, dadas por Fernando Corrêa de Oliveira, o senhor de poucas palavras, com um ar levemente sinistro, de cuja genialidade só me apercebi muito mais tarde!<br />
Foi dele o sonho "Parnaso": a escola de música, ballet e teatro fundada em 1957. Na altura em que a frequentei, penso que já não havia teatro e a música era apenas complementar ao ballet.Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-22858331582167045662015-01-28T06:53:00.001-08:002015-01-28T06:54:37.939-08:00Miep Gies-Santrouschitz, Jo Kleiman, Victor Kugler e Bep Voskuijl*A Anabela Mota Ribeiro faz o tipo de jornalismo que aprecio: boas histórias, nem sempre óbvias, bem escritas e ligeiramente egotistas. (Se o ego do jornalista for omitido, perde-se a alma da escrita, pelo menos nos géneros reportagem e entrevista. É controverso, eu sei, e está longe do que se ensina nas escolas, mas é assim que eu gosto).<br />
<br />
<br />
<a href="http://fugas.publico.pt/Viagens/337905_da-casa-de-anne-frank-via-se-um-castanheiro">Esta visita à Anne Frank Huis</a> é disso um bom exemplo, sem nunca trair o essencial: a consciência do que foi o Holocausto. Voltarei a esta casa, que conheci pela leitura do diário, na adolescência, que reconheci e estranhei, quando a pisei, já adulta, e onde quero voltar com a minha filha.<br />
<br />
<br />
*Os nomes dos que ajudaram a família de Anne enquanto "mergulharam" no esconderijo. Desses também reza a História.Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-34130936695478988222015-01-09T05:12:00.002-08:002015-01-09T05:12:55.084-08:00Um conselho grego"Não olhes para trás!<br />
Numa estação de comboios, olhar para trás é como fazer uma promessa."<br />
<br />
<br />
Há filmes que são um convite à viagem, neste caso a Istambul... Estou a falar de viagem e não de turismo...<br />
É o caso do fantástico <a href="http://politikakouzina/">Politiki_Kouzina</a> (distribuído em Portugal com o nome "Um toque de canela"), onde até os efeitos especiais são poéticos... Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-86038633428321394702014-10-30T07:03:00.000-07:002014-10-30T07:03:57.945-07:00Desci o Elevador da Glória<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eles olhavam encantados para o casario, para as galerias de arte urbana instaladas à frente dos muros que amparam o jardim do miradouro de São Pedro de Alcântara.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu, provavelmente a única portuguesa a bordo, encantei-me com o olhar deles.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Saímos, seduzidos pelo cheiro a castanhas assadas, estrategicamente ali estacionadas!</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sucumbi-lhes, indiferente aos vinte e tal graus que o termómetro acusaria!</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(Quase compensou a desilusão de ter entrado numa das mais bonitas padarias de Lisboa, a Panificação de São Roque, no Príncipe Real, e ver um expositor contemporâneo e sem graça a tapar os centenários painéis de azulejos! Salva-se o pão de centeio, que estava bom!)</span><br />
<strong><br /></strong><br />
<strong><br /></strong>Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6104417364812513212.post-66280622583521211322014-10-27T09:52:00.003-07:002014-10-28T08:25:13.127-07:00Mas há sempre taxas alfandegárias...<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Há uma </span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">linha ténue:</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Entre a frontalidade e a falta de tacto.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Entre o tacto e a hipocrisia.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Entre ser confiante e ser presunçoso.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Entre o humor e o despropósito.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;"><br />
</span></div>
Suoutubrohttp://www.blogger.com/profile/12024800864805641557noreply@blogger.com0