Há palavras que se escondem em casulos.
Há palavras que gritam de tão seguras, isoladas como num estúdio de rádio com o microfone fechado.
Invioláveis essas palavras que procuramos, deambulando, de casulo em casulo, insensatos e enfeitiçados na inércia do sentido...
Arriscamos adivinhar, mas não arriscamos muito porque preferimos também nós construir casulos onde guardamos as palavras, outras palavras ou as mesmas, que não ousamos libertar...
E pronto: acabadinha de inventar a razão para eu gostar tanto de borboletas, como se não me bastassem aquelas cores vadias que repousam entre voos coreografados...
Efémeras, as palavras fora dos casulos também vivem pouco tempo, fazem sentido durante pouco tempo...
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