Ele não respondeu, mas pensou. Habituara-se às palavras mudas, julgava-se capaz de comunicar dessa forma, considerava um despropósito verbalizar o que a inquestionável intuição feminina poderia decifrar. Recusava-se a baixar a fasquia.
Gostava de disciplinar as ideias, de as alinhar como quem se prepara para a barra de um tribunal. Argumentava fortemente consigo próprio, para não ousar vacilar e travar qualquer vertigem que se pusesse a caminho, a galope da vontade.
1 comentario:
O silêncio é sempre determinante. Na vitória. Mas também na derrota.
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