... o cheiro a cabelos molhados, o cheiro a cabelos secos, emaranhá-los nos dedos, sentir-lhes a textura no rosto, nas costas nuas, no pescoço... e, o melhor de tudo, os piquinhos no cérebro quando alguém se dedica ao nosso cabelo... Quando nos fazem festinhas, quando nos penteiam, quando nos despenteiam...
Brinquei muito aos cabeleireiros. Quem não brincou? A pobre Carlota dos longos cabelos cor-de-laranja era a minha vítima mais requisitada. Outras vezes era a minha prima ou outra cobaia voluntariosa que cedia...
Eu gostava quase tanto de pôr as mãos na massa como de me sentar na cadeira... Porque sempre chegavam os piquinhos, viciantes piquinhos...
É a melhor parte da ida ao cabeleireiro... Ultrapassado o terror das mãos-de-tesoura, é deixar-me estar ali a sentir piquinhos...
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