O "SIM" foi abafado pela tromba de água que São Pedro generosamente enviou para abençoar a boda, mas garantem fontes presentes no local que, efectivamente, eles se casaram nesse dia.
A cerimónia, pensada para o amplo jardim com vista para o mosteiro (a adivinhar um fim de tarde soalheiro, próprio das vésperas de Verão), foi reformulada e confinada à esplanada do restaurante, onde os convidados, artilhados de câmaras fotográficas, esperavam a noiva, também armada, mas de guarda-chuva. O espaço foi coberto de improviso por um toldo que se ia aproximando das cabeças dos noivos à medida que a chuva ia cavando uma poça de água. Houve quem fizesse apostas para o caso do toldo ceder ao peso do tal lago que se estava a formar. Por sorte, o "amável" oficial de notariado era profissional expedito e despachou a coisa em minutos!
Para quem não conseguiu escutar o "SIM", a banda de Goran Bregovic anunciou que os noivos já estavam casados, que já era possível alargar o nó da gravata, molhar a garganta, acalmar o estômago, …
Acondicionadas as entradas, foi tempo de, desordeiramente, passar ao jantar, servido intercaladamente entre um passo de dança e um cigarrito.
O acto de cortar o bolo da noiva e respectiva laçada de taças de champanhe (notou-se que os noivos não treinaram esta parte da cerimónia) foi antecipado pelos "obrigatórios" discursos (também mal ensaiados).
Depois de quase todos os sapatinhos terem puxado o lustro à pista de dança, eis que os noivos se lembraram de abrir "oficialmente" o baile, ao som de Rodrigo Leão, num tango arrebatador, mas pouco arrebatado (o ensaio foi na véspera e revelou-se insuficiente!).
A festa seguiu com os habituais picos de emoção: o ramo foi lançado uma boa meia dúzia de vezes e a noiva revelou total falta de tacto ao atirar a promessa de um novo casório para cima do telhado! As noivas em lista de espera não se digladiaram, nem houve luta na lama, apesar da chuva ter preparado o cenário ideal para que tal sucedesse…
De registar que nem só a chuva molhou este casamento, dada a quantidade de carpideiras(os) de serviço! A noiva integrou eficientemente esta fileira, não resistindo ao "Reviver o passado antes e depois do príncipe", um documentário carinhosamente construído por alguns dos amigos…
Amor e Amigos são, aliás, as palavras que ficam desse dia na memória dos noivos. A esses tesouros juntos chamamos Família!
1 comentario:
Susana, hoje já são 17, mas descupla parabéns atrasados, só 36 minutos....
Lembro-me bem desse dia, como podia esquecer, foi um casamento inesquecivél, desde a chuva até à simpatia dos noivos, que não tinham pressa em "fugir", palpita-me que houve "lerpa"...
Parece que estou a ver os empregados às 7 da manhã a querer arrumar e nós não arredavamos pé, tudo estava a correr tão bem, que só viemos embora porque quase fomos " corridos".
Mas valeu a pena ver a felicidade estampada no rosto da minha priminha preferida e o Gonçalito que já é MUITO QUERIDO.
Obrigada por mais uma boa festa.
Felicidade aos NOIVOS, estes merecem.
beijocas morenas
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