jueves, 11 de diciembre de 2008

Singularidades de um senhor de 100 anos



Estava a experimentar um vinho branco austríaco no Kaffeehaus (uma café austríaco muito simpático e que merecerá outra atenção neste blogue um dia destes) quando um dos meus amigos diz: "olha o Manoel de Oliveira!"

Não cheguei a vê-lo nesse dia, mas sei que agora mesmo deve estar na mesma rua (Anchieta) a filmar "Singularidades de Uma rapariga Loira". Soprar 100 velas não é a prioridade de hoje deste senhor.

As efemérides valem o que valem e falar das pessoas só porque fazem anos pode não ser suficiente. No caso do Manoel de Oliveira há 100 anos de razões para comentar...

Mais do que a obra, hoje interessa-me comentar a genica...
Não o vi no domingo na rua Anchieta, mas vi-o há uns dois meses em Serralves, a passear a bengala na mão, sem se apoiar nela, em passo apressado para se dirigir ao interior do Museu. A genica do senhor espantou-me, espantou a minha mãe e toda a gente que estava na bilheteira e o viu passar freneticamente. Como me espanta ouvi-lo falar dos projectos que tem em mão e em mente. Admiro o respeito que tem pela oportunidade de viver.

Sobre o cineasta, o melhor é babar com os comentários de quem melhor o conhece: ttp://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1352708

2 comentarios:

MaB dijo...

Ver para crer...
Acho que é esta a maior lição que se pode tirar de uma vida tão longa e tão lúcida! E acho que a expressão cai como uma luva na pessoa e questão. Dá-nos a ver...para crer!

MaB dijo...

Prémio Dardos à tua espera em: http://miamespia.blogspot.com/2008/12/dardos-o-primeiro-prmio.html