miércoles, 26 de mayo de 2010

"Reviver o passado... na Covilhã" com "os amigos de... João"


"Um funeral à chuva" não é um filme brilhante, mas soube-me bem a sessão (a ante-estreia no São Jorge) pelo sentimento fácil de identificação. De alguma forma é um filme em que paira um bocadinho de mim e de alguns dos meus, num lugar que associo a muitas gargalhadas e a algumas dores de crescimento: a Covilhã, onde é bom voltar também desta forma.

O curso de cinema da UBI está a dar frutos: uma produtora criada na Covilhã por ex-ubianos a filmar a cidade e a ubilândia. A isso e à campanha de promoção que está a ser feita, sobretudo online, bato palmas.
Um filme para rever, talvez daqui a muitos anos...

jueves, 20 de mayo de 2010

Jules and Jim

A propósito desta foto, lembrei-me deste filme diabólico do Truffaut, que adorei.


martes, 18 de mayo de 2010

But Curtis lost control

O trânsito é lento em Lisboa e o meu egoísmo agradece! Numa fila, um carro esteve parado e perto de mim o suficiente para me deixar ouvir um bocadinho da minha música preferida dos Joy Division... Neste teledisco fantástico está inteirinha :)

viernes, 7 de mayo de 2010

... em puzzle


Sou fã do Google e fã da forma como o Google cola efemérides ao próprio logo... Este que assinala o nascimento d0 Tchaikovsky é fantástico...
Por coincidência comprei hoje os meus primeiros sapatos de flamenco! Olé!
Isto das coincidências intriga-me...
Acontece-me estar a investigar um tema e me aparecer quase acidentalmente um artigo, ou alguém, ou algum acontecimento que me aponta um caminho...
Sem cálculos agendei uma entrevista com o dono da livraria Lello (a tal que o The Guardian considerou a terceira mais bonita do mundo) no Dia Mundial do Livro. Só me dei conta no próprio dia e acho que o entrevistado também...
Não sei se quero nem se vale a pena perceber por que razão acontecem estas conspirações do acaso, mas mesmo não entendendo o sentido, tudo passa a fazer mais sentido.

miércoles, 5 de mayo de 2010

Linha do Tua (nossa, até quando a barragem deixar)

Já não me lembro muito bem da história, mas ficou-me que na Califórnia há uma comboio que faz um percurso temático por entre vinhas e com direito a refeição a bordo devidamente acompanhada pelos vinhos que sustentam a paisagem. Na altura pensei: fantástico! E depois pensei outra vez: fantástico! E depois pensei: como é que isto ainda não se faz no Douro????

Há duas semanas fui ver o Pare escute olhe e voltei a pensar nisso. Jorge Pelicano, autor do documentário, deu outro exemplo: um comboiozinho turístico numa terra atrás do sol posto serpenteia cheio entre as montanhas suíças... A terra de que se fala é Vers L'Eglise e, de acordo com o que mostra o documentário, não é comparável em beleza ao percurso da linha do Tua.

A certa altura um deputado (não decorei o nome), eleito por Bragança, argumenta que não se pode manter uma linha como a do Tua, que não é rentável. O que ele, os autarcas da região e a CP deveriam estar a perguntar é: "não é rentável porquê?"

A Alemanha queria comprar as ilhas à Grécia e eu sonho com alemães, espanhóis, ou outros empreendedores com dois dedos de testa... Comprem a linha do Tua à CP e aproveitem aquele ENORME potencial turístico, acautelando devidamente as condições de segurança! E os efeitos colaterais positivos para a região e para o país que a coisa geraria!

Enfim, gostei do filme (mesmo quando a argumentação era ingénua) e perfilho a causa.

Não tenho nada contra barragens, depois de ficar provado que são o último recurso, depois de recuperadas as bem menos problemáticas mini-hídricas, por exemplo... Claro que essas não dão jeito à EDP, mas é de micro, pequenas e médias empresas que este país é sobretudo feito... Mas também estamos a desistir delas, como temos vindo a desistir dos comboios...

Por teimosia e sobretud0 por gosto integrei o lote (primeiro éramos muitos, depois poucos) dos que saíam da Covilhã de comboio à sexta e partiam no domingo de Campanhã para uma viagem que chegou a durar seis horas (o dobro do que fazia a camioneta da Joalto).
Numa dessas vezes o comboio parou tal era o nevão junto à Guarda... Parámos para brincar com a neve e vê-la a brilhar na paisagem serrana. A Natureza impôs o "Pare, escute, olhe"...
Eram sobretudo estudantes, donos de todo o tempo do mundo, que viajavam no comboio académico (chamava-se assim). Durou pouco, talvez por falta de gente, porque não era rentável, porque os sucessivos governos e equipas directivas da CP não acharam rentável investir na modernização da linha da Beira...

O cenário de Anne Frank

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Não sei se já distribuem o vídeo com o livro...
A mim, curiosamente, o filme chegou-me pela mesma pessoa que me emprestou o livro. Obrigada Madrinha.

Damasceno Monteiro e os outros culpados do costume

São sete milhões de pessoas a dormir na mesma cidade. Em Hong Kong menos é mesmo mais, ou seja, pouco espaço = mais eficiência, como explica o arquitecto responsável pela casa que anda a rodar mundo em redes sociais, blogues e afins...


Em Portugal, na Lisboa mais antiga e mais debilmente habitada, na minha rua (poderia ser em muitas outras), hoje, ruíram prédios devido à derrocada de terras de uma encosta.
Previsível? Talvez não pelo senhor que dá nome à rua. Na época em que Damasceno Monteiro presidiu à Câmara Municipal de Lisboa, a meio do século XIX, a cidade não era a mesma, o clima não era o mesmo, o número de habitantes não era o mesmo, a nacionalidade dos habitantes também não era a mesma (é muito cosmopolita a Damasceno Monteiro que partilho), a responsabilidade civil e política não seria certamente a mesma... Mas, por esta altura, não falta a quem atribuir responsabilidades. E Damasceno Monteiro e todos os seus sucessores são culpados.