A propósito destes jovens desnorteados, fiquei a pensar numa entrevista que o Gonçalo Cadilhe deu à Inês Menezes, na Radar. A certa altura ele lembrava que nos países de cultura anglo-saxónica, se não tens uns meses de experiência a viajar pelo mundo, no CV, és olhado de lado... Tipo, mas este gajo, não fez mais nada na vida? Só estudou!
Terminados os estudos, é normal e valorizado o chamado GAP year para viajar! Claro que a viagem pode e deve ser financiada por trabalhos casuais por esse mundo fora: vindimas, servir em restaurantes...
Tudo isto me soa melhor do que o côro de lamentações ocas de maturidade que tenho escutado!
Tenho para mim, que a altura melhor para o fazer é mesmo depois de obtido o canudo e se há coisa de que me arrependo foi de não prolongar a minha estadia de dois meses em Antuérpia (uma espécie de Erasmus, mas a trabalhar numa companhia de teatro), arranjar um trabalhinho por lá e de lá para o mundo!
Em vez de um interrail, deveria ter feito meia dúzia!
Um dia, quererei que as minhas crias criem asas e voem por esse mundo fora e espero que nesse dia o meu medo e/ou egoísmo não abafe aquilo em que acredito hoje!
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