História da Arte é o curso que irei fazer mais tarde ou mais cedo...Como sou hedonista e não me custa nada ler mais sobre, bisbilhotar sobre, visitar museus, exposições... é um curso que vou fazendo. Os pseudo testes psico-técnicos do nono ano apontavam para aí... Já se sabe que não é difícil condicionar as respostas no sentido dos resultados desejados... Mas, embora gostasse de ser conotada com essa área (devo ter lido demasiado sobre aquarianos), do alto da maturidade dos meus 14/15 anos não me via a trabalhar directamente em Artes e decidi que haveria de seguir saúde. Afinal quisera ser pediatra durante a minha infância (e bailarina), não tinha que fugir à Matemática, a "medicina" parecia ser um bom plano, aplaudido pela família chegada, e a maioria dos meus amigos também ia seguir saúde (esse foi, percebi mais tarde, o fiel da balança, que é como quem diz, o hedonismo e o curto prazo a pesarem mais).
O problema é que me engano muito mal e não foi preciso muito para enfrentar o que já sabia: estava no curso errado. Não queria ser médica coisa nenhuma (a Grey's Anatomy não passava na época!). As minhas disciplinas preferidas eram Português, Inglês e Filosofia (já não tinha Educação Visual) e as notas saíam em conformidade. Uma péssima professora de Matemática e um desajeitado professor de Física e Química, que tornavam obrigatório o fastidioso estudo por conta própria (sempre adorei aulas, mas em casa encontrava sempre melhor maneira de passar o tempo do que a estudar), contribuíram para o meu desinteresse crescente sobre essas matérias. Em contrapartida, rejubilava com a professora de Português (acho que já escrevi sobre a Angélica aqui e se não o fiz, deveria tê-lo feito, já que a Senhora foi determinante no meu percurso), que me incentivava a "mudar de vida". Foi o que fiz e não me arrependo.
Escrever continua a dar-me prazer. Fazê-lo no papel de jornalista permite-me conhecer pessoas, lugares e histórias interessantes (também acho que já escrevi isto algures por aqui, mas eu autorizo-me a ser repetitiva). E mais importante do que tudo o resto: ainda não me lembrei de nada de que gostasse de fazer mais.
Quando surge alguma ameaça nesse sentido vem precisamente do lado das Artes (ia, sem pestanejar, dirigir o gabinete de comunicação de Serralves)...
Poderia ter optado por recordar "The Fallen Madonna With the Big Boobies", que andou de mãos em mãos na saga do "Allo, Allo", mas não resisti à introspecção como prefácio à única notícia que li na totalidade durante a minha ronda pelo mundo de papel digital...
(para quem não partilhar do meu entusiasmo, abrevio: a notícia versa sobre os quadros roubados que mais infrutífero trabalho têm dado à polícia espanhola)
E nunca se sabe, se um dia tropeçaremos num destes...
A polícia espanhola, talvez pouco crente na sua recuperação, colocou-os numa base de dados a que chama Dulcineia!
Adenda: Claro que tenho esperança que alguém em Serralves chegue a este post e decida testar o meu potencial!
E se não chegarem até mim assim, é porque alguém no gabinete de comunicação não está a fazer o trabalho como deveria ;-)
E não, não estou armada em D. Quixote!
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