Pensa ele:
- Não estás para ninguém? Ou é mesmo só para mim que não estás?
Foi quando que decidiste intervir dessa forma na minha vida?
Foi quando que me incapacitaste de discernir?
Foi quando que arrendaste um lugar cativo dentro de mim, mesmo antes de eu te saber alojar?
Poderias, pelo menos, ter-me deixado negociar.
Sabes que a negociar, eu vou embalando o tempo...
o meu tempo e o nosso tempo...
Queria ser Eu outra vez.
Cansa-me adormercer contigo e não te encontrar e depois acordar de novo contigo, ainda sem te encontrar...
E andas sempre por aqui, bem perto
Rodeias-me como o faria um deserto
Esticas-me o horizonte até me turvares o olhar...
Talvez seja já tarde para te dizer quase tudo.
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