jueves, 7 de marzo de 2013

Maria Pia recebe Joana Vasconcelos

E também me recebeu a mim e a outros jornalistas, para mostrar um pouco da que será a maior exposição de Joana Vasconcelos em Portugal (maior do que a do CCB há uns anos).
O oportuno convite foi do, na altura, secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas (que admirava antes, admirei durante e depois).
A inspiração foi a hiper bem-sucedida mostra de Joana em Versalhes.
A nossa Maria Antonieta é a rainha Maria Pia, que "empresta" o seu palácio da Ajuda para acolher as cerca de 40 peças de Joana. Muitas delas inéditas para os portugueses, como o lilicoptère, que ainda não estava montado, e várias outras inéditas de todo, já que foram feitas para esta mostra: é o caso das peças bordalianas, trajadas de renda açoriana.

O par Marilyn, uma das peças mais conhecidas.
A polémica "noiva", que Versalhes censurou, também integra a exposição, a última na direção (louvavelmentee mais aberta do que a de Versalhes) da vibrante e entusiasmante Isabel Godinho, que está de saída do palácio.



Mais do que "decorar o palácio", as peças dialogam com a decoração existente.
Há uns anos colocava-se em Lisboa, a dicussão sobre a pertinência estética de um elevador modernaço para escalar a colina do castelo de São Jorge. Desconhecia o projeto e não posso opinar sobre ele, mas parece-me bem o diálogo entre passado e presente. Preservá-lo é determinante, mas imaculá-lo poder ser sinónimo de afastá-lo. O palácio reviverá com esta "ajuda", certamente... 
Depois de Versalhes, esperam-se filas na bilheteira da Ajuda.
Eu voltarei para ver a exposição completa (a partir de 23 de março e até 25 de agosto)
e apreciar melhor o palácio, que desconhecia, na sua vertente mais intimista, apesar de ter estado na ala que recebeu uma interessantísssima exposição sobre a Rússia dos Czares (qualquer coisa assim).
De aplaudir também que o evento tenha zero custos para o Estado: a Everything is New (produtora do optimus Alive) assim o garante. Querendo ser um exemplo de produção privada neste tipo de iniciativas, é de lamentar, no entanto, a recusa em revelar os custos do mesmo.
Considero que seria mais inspirador tornar o processo mais transparente.


Fotos: minhas

No hay comentarios: