jueves, 31 de enero de 2013

A suspirar por Paris e pelo Hemingway de Corey Stoll

"Meia-noite em Paris", do Woody Allen.
Vi-o no passado fim-de-semana e encantei-me! Surprendentemente, porque embirro com o Owen Wilson (actor principal).
No entanto, adorei a mistura da viagem às duas épocas em que Paris foi a cidade mais criativa do mundo com as anotações sobre o dilema de quem sente que nasceu tarde demais.
Sentimento de identificação - inevitável.

"Let's do it, let's fall in love"

E agora ando a consumir Cole Porter em doses jeitosas!

miércoles, 30 de enero de 2013

Gonçalo, na Fitur

Lá estão elas, a homenagear o design português, na Fitur, em Madrid.
As cadeiras Gonçalo de que eu tanto gosto!

Adenda: As cadeiras integraram o cenário de um conceito vencedor: "um bairro português", que fez Portugal vencer o melhor stand internacional na Fitur 2013, a Feira de Turismo de Madrid.



miércoles, 9 de enero de 2013

Fazer render a renda

Era uma vez uma tolha de renda que virou fronha, temporariamente...
Gosto desta coisa das coisas de renda/crochet, feitas por mãos, jeito e paciência, e de as descontextualizar.
Já fazê-las é outra conversa, já que me faltam o jeito e sobretudo a paciência: fiz, em tempos, um naperão (o Priberam diz que é esta a versão portugaise do napperon)
para a minha avó com menos de meio metro x 20 cm (?) destinado a prenda de anos - junho, mas só foi entregue pelo Natal (ou ao contrário...!?)!
Há por aí algum cãozinho de louça que queira testar a "Joana Vasconcelos" que há em mim? :)

A minha Serra

Faria aqui o presépio...

lunes, 7 de enero de 2013

"Então, não me dás um beijo?"*

Tenho os melhores pais do mundo! (Tenho a certeza de que partilham o pódio com muitos outros melhores pais do mundo:))

A minha mãe: imbatível na capacidade de se dar, de assim demonstrar amor, tornando difícil pagar-lhe na mesma moeda; uma inspiração pela coerência, pela honestidade natural, pela fidelidade à verdade, pela capacidade de não deixar nada a meio.

O meu pai: a melhor forma de o justificar é recordar a que considero ter sido a maior lição que algum dia recebi e que partilho como forma de abrir este 2013, que nos pisca o olho em desafio...

Numa noite em que o gin tónico (para lá da conta) tomou conta do meu discernimento, pus um carro a voar. Pilotado pela sorte, aterrou sem grandes mazelas físicas para mim e para os dois passageiros que me acompanhavam.
Liguei de imediato ao meu pai, que chegou antes da polícia e dos socorristas. A primeira coisa que me disse:
- Então, não me dás um beijo?
Não me passou a mão pela cabeça, mas tratou de mostrar que estava ali por mim e para mim, para me ajudar. O ajuste de contas inevitável para a consciência de pai (que ele sabia ser desnecessário, porque eu retirara dali o que era preciso) ficou para mais tarde, depois dos exames médicos, depois do soninho atenuante.
Eu não sei se já o sabia, mas foi fundamental consciencializar-me, naquele dia, que mais importante do que não errar, era a humildade de admitir que erramos e a atitude para peitar a tarefa de consertar o que estragamos; que mais importante do que apontar o dedo é saber como podemos facilitar e contribuir para este processo de redenção daquele que erra e, acima de tudo, ajudar a salvar o que é possível salvar. A prioridade do meu pai foi dizer-me que estava ali para construir comigo esse processo porque acreditava que eu estava à altura dele. Saber que ele não tinha dúvidas disso é altamente responsabilizante.

*Para Ti, Joana; Para Ti, Florinda; Para Ti, António.