A coisa passou a tema de conversa e uma vez mais escutei a minha professora alemã, a elogiar o ar antigo e negligenciado da cidade!
Acho que os entendo, ou que entendo o que querem dizer! Quando olho para a Ribeira do Porto, vista de Gaia, tudo aquilo me parece um cenário de encantar, assim, à distância que o Douro, no meio, nos permite, filtrando o que se vê quando nos aproximamos de muitos dos edifícios que constroem aquela cascata, o que se cheira (e, no caso da Ribeira, a coisa melhorou bastante nos últimos tempos).
Em Lisboa, alguém se lembrou de chamar a atenção para o prédios centenários, potencialmente majestosos, abandonados, através de grafites!
Quase nunca considero os grafites que por aí andam arte, mas no caso, aplaudo! Mantêm o desejável sentido do efémero (se desaparecerem é porque o prédio será recuperado!) e sinalizam o que de outra forma parece passar completamente despercebido à maioria dos lisboetas!
Aqui, na minha rotunda preferida de Lisboa, Neptuno volta as costas à demolição de um prédio que durante meses namorei, com o sonho de o reabilitar! No dia da demolição, escutei na TSF, que por lá habitou Pessoa! Não apenas por isso, mas pela beleza da fachada arredondada, pelo menos ela merecia ter sido preservada! Agora está a nu um mosaico em tons pastel... E até lhe acho graça e especulo sobre qual seria a cor que conhecera Pessoa, se é que é do seu tempo a pintura que agora vemos... A mesma graça que acharão os alemães à Lisboa enrugada, envelhecida...
No hay comentarios:
Publicar un comentario