Estou prestes a cumprir aquele terço do desígnio/imperativo/seja lá o que for (um dos dois que ainda me faltam): escrever um livro... Presumindo que livro é palavra suficientemente generosa para encaixar várias definições e potenciar distintos suportes!... Vamos esquecer que gosto do cheiro do papel e de manusear e da ansiedade da página seguinte e do êxtase da última e da angústia de iniciar a primeira... vamos pensar que nos livramos do julgamento do editor e ou da generosidade do patrocinador, ou, em desespero de causa, da despesa da edição de autor... e ainda mimamos o planeta com a nossa consideração, poupando-lhe umas dezenas de árvores... Afinal, (e eu não fui das primeiras a perceber!) podemos escrever onde e quando nos apetecer, podemos assumir uma escrita esquizofrénica, hoje ser de esquerda e amanhã de direita, podemos mentir e dizer a verdade, podemos criticar e elogiar e analisar e palpitar, tudo no mesmo dia ou em dias diferentes e tudo sem sanções, e até podemos não ser lidos e não ficar ofendidos, e tudo de graça, sem remuneração, tudo sem compromisso, sem obrigação, escrever só ao sabor da vontade e da imaginação e da realidade... e até me chateia um bocadinho estar a rimar, mas a palavra que encaixa mesmo bem aqui é a tal... a Liberdade!
... e também é muito, mesmo muito provável que o livro comece e termine aqui...
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